Numa altura em que em Moçambique vem se notando um considerável aumento da quantidade de problemas e anseios da sociedade, tornou-se inevitável que o sector público tome a responsabilidade de tudo. Assim, uma das alternativas é o envolvimento da sociedade no processo de desenvolvimento local, razão pela qual é necessário desenvolver mecanismos de participação comunitária.

Nesse contexto, a população é chamada a fazer parte das dinâmicas politicas, económicas e sociais do país. Para o efeito, estão a decorrer em quase todo o país vários projectos de intervenção social, entre os quais, o “Melhoria”, desenvolvido e implementando pelo Fundo para o Fomento de Habitação, FFH, com vista a melhorar as condições de habitabilidade de duas mil casas nas zonas rurais.

Em Cabo Delgado, já estão em curso obras de melhoramento de 100 casas, que consistem na substituição do capim por chapas de zinco; melhoramento de janelas e portas, assim como a preparação do soalho com cimento. Nesta semana a vice ministra das obras públicas habitação e recursos hídricos, visitou as obras correspondentes ao Lote um, constituído por 30 casas orçadas em cerca de 31 milhões de meticais.

De referir que o projecto renascer é composto por 100 casas, das quais, 60 em construção em Pemba, 20 em Montepuéz e outras 20 no distrito de Mecufi, salientando-se também que até ao momento foram entregues tendo sido já entregues 20 casas no âmbito do mesmo projecto.

𝗛Á 𝗧𝗔𝗠𝗕É𝗠 𝗜𝗡𝗩𝗘𝗦𝗧𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗡𝗢 𝗦𝗘𝗖𝗧𝗢𝗥 𝗗𝗘 Á𝗚𝗨𝗔 𝗘𝗠 𝗣𝗘𝗠𝗕𝗔

O advento das alterações climáticas e o aumento da densidade populacional nas cidades, desafia as autoridades a encontrarem novas formas de abastecer a água para a satisfação de diversas necessidades. Numa altura em que a cidade de Pemba tem sido assolada por secas, o Governo prevê para finais deste ano a conclusão da reabilitação e modernização do actual sistema de abastecimento de água em utilização. Nesta Quarta-feira, a Vice-ministra das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, Cecília Chamutota iniciou uma visita de trabalho a Cabo Delgado, com o ponto de partida o Sistema de abastecimento de água do distrito Metuge para um trabalho de monitoria das actividades em curso.

Numa conferência de imprensa, a dirigente explicou que 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘫𝘦𝘤𝘵𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘷ê 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶çã𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘯𝘰𝘷𝘰 𝘤𝘦𝘯𝘵𝘳𝘰 𝘥𝘪𝘴𝘵𝘳𝘪𝘣𝘶𝘪𝘥𝘰𝘳 𝘦 𝘢 𝘳𝘦𝘢𝘣𝘪𝘭𝘪𝘵𝘢çã𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘦𝘯𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘵𝘳𝘪𝘣𝘶𝘪𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴, 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘢 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘵𝘢 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘷𝘦𝘯çã𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘢𝘪 𝘴𝘦𝘳 𝘦𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘰 𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦𝘮𝘢, 𝘥𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘢 𝘤𝘢𝘱𝘵𝘢çã𝘰 𝘢𝘵é à 𝘥𝘪𝘴𝘵𝘳𝘪𝘣𝘶𝘪çã𝘰.Com 20% de execução das obras, os trabalhos não terminam por aí, há em carteira, o plano de alastramento da capacidade de distribuição, “ prevê-se também a construção de 130 KM de linha de distribuição“.

Com as intervenções, prevê-se duplicar a capacidade de abastecimento de água naquela região, podendo desde já aumentar de 54 para 80 por cento. O actual sistema de fornecimento de água de Pemba compreende cerca de 382 quilómetros de extensão e abastece cerca de 120 mil habitantes, durante seis horas por dia. Com a conclusão das obras, a água será abastecida 16 horas por dia, num investimento total de 47 milhões de dólares Norte Americanos .

𝗘𝗦𝗧𝗥𝗔𝗗𝗔 𝗡𝗘𝗚𝗢𝗠𝗔𝗡𝗢 𝗥𝗢𝗠𝗔 𝗩𝗔𝗜 𝗖𝗔𝗧𝗔𝗣𝗨𝗟𝗧𝗔𝗥 𝗢 𝗗𝗘𝗦𝗘𝗡𝗩𝗢𝗟𝗩𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 𝗗𝗔 𝗣𝗢𝗣𝗨𝗟𝗔ÇÃ𝗢 𝗟𝗢𝗖𝗔𝗟

No último dia da sua visita a Cabo Delgado, a Vice-ministra das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, Cecília Chamutota, disse que sai da província satisfeita com o ritmo de execução das obras que neste momento encontram-se a 60%. As obras em alusão tem uma extensão de 70 quilómetros, tiveram o seu início em Abril de 2019, financiadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento e com participação do Governo de Moçambique com cerca de dois mil milhões de meticais e permite a ligação entre o país e a vizinha república de Tanzânia.

Segundo Cecília Chamutota, esta estrada vai permitir o desenvolvimento da comunicação entre os dois países e na região em geral, assim como a massificação das trocas comerciais entre as comunidades circunvizinhas, contudo, a época chuvosa que se faz sentir na província precipitou algumas paralisação na execução das obras, facto que se consubstanciou no não cumprimento dos prazos da entrega da infra-estrutura a população por parte do empreiteiro.